Inflamação da glande e do prepúcio (cabeça do pênis e pele que a recobre), considerada secundária e derivada geralmente de infecção bacteriana ou fúngica, a Balanopostite atinge, na maioria dos casos, crianças com idade entre de 2 a cinco anos.
Em adultos, os riscos de se desenvolver a alteração são potencializados em homens portadores de comorbidades, como diabetes, obesidade e até baixa imunidade, explica o médico Giuseppe Figliuolo, cirurgião urologista da Urocentro Manaus e doutor em saúde coletiva.
A falta de higienização adequada e a fimose (excesso de pele no prepúcio) também são consideradas fatores de risco, assim como o uso de roupas íntimas apertadas ou com tecidos grossos, que podem causar irritação.
De acordo com ele, a inflamação é caracterizada por sintomas como coceira, dor, irritação no órgão genital, sensação de calor local, secreção com cheiro forte abaixo da pele que recobre o pênis e descamação da mucosa.
O especialista explica que o diagnóstico é feito através de avaliação clínica, feita geralmente, por um urologista. Ele destaca, ainda, que é importante buscar ajuda logo que a alteração tenha início, evitando que evolua para quadros de maior gravidade, o que demanda um tratamento mais prolongado e desgastante ao paciente.
Figliuolo também destaca que o tratamento é medicamentoso, e pode exigir o uso de pomadas (próprias para o combate às inflamações nessa região, considerada sensível), drogas que tenham em sua composição corticoides, além de antifúngicos e antibióticos. “Mas, vale ressaltar que se automedicar não é o melhor caminho. Durante a avaliação, podemos analisar a evolução do quadro e prescrever as dosagens certas, garantindo um tratamento mais eficaz”, reforçou.
Para prevenir a Balanopostite, o especialista recomenda que retrair a pele do pênis (prepúcio) antes de urinar e enxugá-lo em seguida com papel higiênico, evitando o acúmulo de líquido e também de esmegma (sebo resultante da combinação de células mortas e suor/gordura). Além disso, é recomendado lavar as mãos antes e depois de urinar, evitando o contato com vírus e bactérias nocivas à saúde. Fonte – Ana Carolina Barbosa