BrasilPrincipais Notícias

Em defesa dos territórios tradicionais de todo o Brasil, CNS leva mil vozes extrativistas à COP30

O Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) está se mobilizando para levar mais de mil pessoas extrativistas à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém (PA).

A iniciativa reforça o compromisso histórico da organização em defender os direitos das populações extrativistas de todos os biomas brasileiros, garantindo que suas vozes e soluções estejam presentes nos espaços de decisão global sobre o clima.

“A COP30 será um marco na história do Brasil e do mundo, e as populações extrativistas precisam estar lá. Não como espectadores, mas como protagonistas de um modelo de desenvolvimento que já deu certo: quem conserva a floresta viva gera renda, saúde e futuro mais próspero para as novas gerações”, destaca Letícia Moraes, vice-presidente do CNS.

Ações no Espaço Chico Mendes

Durante a conferência internacional, a organização concentrará, de 8 a 21 de novembro, suas ações no “Espaço Chico Mendes e Fundação Banco do Brasil na COP30”, localizado no Campus de Pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi, situado na Avenida Perimetral, nº 1.901 – bairro Terra Firme.

O espaço é uma realização do Comitê Chico Mendes, do CNS e da Fundação Banco do Brasil, com apoio do Memorial Chico Mendes, do Museu Paraense Emílio Goeldi e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

A programação inclui exposições, rodas de conversa, apresentações culturais e uma feira com produtos da sociobiodiversidade, com a presença de representantes do poder público e de organizações da sociedade civil. Entre os destaques, estão as mostras “Chico Mendes, Herói do Brasil” e “Memoráveis Margaridas”, que resgatam a memória e os ideais do seringueiro.

A abertura oficial será no dia 8 de novembro (sábado), reunindo diversas autoridades e lideranças de povos tradicionais. Na oportunidade, também haverá o lançamento do Plano Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT).

No dia 9 de novembro (domingo), ocorre o Encontro das Juventudes. O momento terá jovens de diversos biomas em painéis e dinâmicas que discutem o papel da juventude nas ações climáticas.

Já no dia 10 de novembro (segunda-feira), será realizado o Encontro Nacional das Mulheres Extrativistas. A programação reunirá lideranças de diferentes territórios para discutir temas como financiamento climático justo, educação, mobilização política e valorização dos saberes tradicionais — reforçando o papel de vozes femininas na defesa da floresta e na construção de um futuro sustentável.

Um dos destaques da mobilização do CNS na COP30 será o “Porangaço”, marcado para o dia 13 de novembro (quinta-feira). A ação reunirá mais de mil extrativistas nas ruas de Belém (PA) em uma grande marcha em defesa da floresta viva, dos direitos territoriais e da responsabilidade climática global.

O nome do ato faz referência à poranga, lamparina tradicionalmente utilizada pelos seringueiros para iluminar os caminhos da floresta — um símbolo de resistência, sabedoria e esperança que representa a luta pela vida e pela preservação dos territórios. Os participantes vão circular pelas ruas da capital paraense com uma poranga na cabeça, que utilizará óleos das florestas, como de copaíba, andiroba e outros, para acender o fogo.

Já no dia 14 de novembro (sexta-feira) acontecerão as celebrações em homenagem aos 40 anos do CNS. Haverá ainda o lançamento de um livro que conta a história do movimento, bolo, homenagens e um show especial.

Zona Azul

No dia 17 de novembro (segunda-feira), o CNS marcará presença na Zona Azul (Blue Zone), que é o espaço oficial destinado às negociações climáticas. A organização apresentará propostas e soluções concretas voltadas à conservação dos ecossistemas brasileiros e ao bem-estar das comunidades tradicionais, reforçando o papel dessas populações na construção de um futuro sustentável.

“Quando falamos na COP30, é a voz da floresta que se levanta. Levamos conosco séculos de resistência e a certeza de que não existe transição climática sem justiça social e sem o protagonismo de quem vive no território”, finaliza Moraes.

Fonte: Up Comunicação Inteligente – Emanuelle Aráujo

COMPARTILHAR
PUBLICIDADE FIM DOS POSTS

Related posts

‘Atacarejo’ renovado do Grupo DB leva mais comodidade e oferta ampliada ao Coroado

Redação

Ator Pedro Paulo Rangel, morre aos 74 anos.

Redação

Nilton Lins vai inaugurar nova unidade de graduação na Zona Norte de Manaus

Redação

Deixe um comentário