Considerada uma técnica de derivação urinária, ou seja, que desvia o fluxo da urina do seu trajeto normal, a ‘nefrostomia percutânea guiada por ultrassonografia’, a qual inclui um implante de cateter, tem ajudado no tratamento de pacientes com diversos tipos de cânceres avançados, localizados na região pélvica. O cirurgião urologista da Urocentro, Dr. Giuseppe Figliuolo, explica que a intervenção auxilia na desobstrução renal, preservando as funções dos rins e evitando a diálise (método indicado para a filtragem externa do sangue), o que, consequentemente, causa menos agressão ao organismo.
Por se tratar de uma técnica guiada por ultrassonografia, a cirurgia não necessita de grandes incisões, já que as imagens são transmitidas em tempo real durante a abordagem. Assim, o procedimento é menos invasivo que os demais e tem a recuperação pós-cirúrgica acelerada.
Apesar de já ser realizada na rede privada, em Manaus, a técnica deve ser incorporada à rotina do SUS muito em breve, já que é tema de uma pesquisa desenvolvida por Figliuolo e um grupo de acadêmicos, na Fcecon, unidade da rede pública.
“Considerada neoadjuvante (realizado antes da terapia definitiva), esse tipo de intervenção pode ser feita com anestesia local e o paciente recebe alta no mesmo dia, após o implante do cateter. É mais uma opção considerada menos invasiva e bastante eficaz. A derivação é feita para que os pacientes tenham uma melhora geral dos seus quadros e, assim, sejam submetidos aos tratamentos definitivos contra o câncer”.
![](http://wbportaldenoticias.com.br/wp-content/uploads/2019/03/Giuseppe-Figliuolo-cirurgia.jpg)
Oncologia
Figliuolo destaca que a nefrostomia guiada por ultrassonografia é indicada para pacientes com obstrução ureteral e uremia (aumento de ureia no sangue). Ela serve, ainda, para drenar líquidos acumulado nos rins através de cateter, que pode ser implantado de forma provisória ou definitiva, dependendo da patologia.
![](http://wbportaldenoticias.com.br/wp-content/uploads/2019/03/Dr.-Giuseppe-Urologista-2.jpg)
“No caso dos pacientes oncológicos, geralmente, os tumores de colo uterino e bexiga avançados, acabam comprimindo os rins, já que ocupam mais espaço na região pélvica. Isso pode levar à insuficiência renal obstrutiva, impedindo que a função renal esteja 100%. Isso faz com que as substâncias tóxicas que deveriam ser eliminadas do organismo, permaneçam lá e só saiam através da filtragem externa, a chamada diálise”, esclareceu o especialista.
Aí entra a nefrostomia guiada, que nesses casos, acaba tendo a finalidade de manter os rins funcionando, retirando os pacientes da diálise, para que os esforços estejam voltados apenas para o tratamento contra o câncer propriamente dito, que geralmente é multimodal, podendo incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
![](http://wbportaldenoticias.com.br/wp-content/uploads/2019/03/Dr.-Giuseppe-Figliuollo-22.jpg)
“Considerada neoadjuvante (realizado antes da terapia definitiva), esse tipo de intervenção pode ser feita com anestesia local e o paciente recebe alta no mesmo dia, após o implante do cateter. É mais uma opção considerada menos invasiva e bastante eficaz. A derivação é feita para que os pacientes tenham uma melhora geral dos seus quadros e, assim, sejam submetidos aos tratamentos definitivos contra o câncer”.