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Ministério das Mulheres lança Mobilização Nacional pelo Feminicídio Zero

Maior mobilização de enfrentamento à violência contra a mulher já realizada no país foi lançada nesta sexta-feira (23)

“Espero que um dia a gente possa comemorar que houve nenhum feminicídio no Brasil”. Foi relembrando a fala do presidente Lula feita em outubro de 2023 que a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, iniciou seu discurso nesta sexta-feira (23/8) em Brasília, durante o lançamento da Mobilização Nacional pelo Feminicídio Zero.

O evento reuniu ministras, parlamentares e demais autoridades, além de representantes de empresas públicas e privadas, entidades, organizações e associações, clubes de futebol e movimentos sociais que aderiram à iniciativa.

Durante o evento, foi apresentado o filme da campanha Feminicídio Zero – Nenhuma violência contra mulher deve ser tolerada, que está sendo veiculada por diversos estados do país, além de nos campos de futebol, com ações como faixas, braçadeira e selo nos uniformes dos jogadores e vídeo no telão do estádio. A mobilização ocorre no mês em que a Lei Maria da Penha completa 18 anos e faz parte do Agosto Lilás, mês voltado à conscientização e ações de enfrentamento à violência contra mulheres.

O evento reuniu cerca de 300 pessoas que se aliaram ao Ministério das Mulheres no enfrentamento a todas as formas de violência, principalmente o feminicídio.


“O Brasil que buscamos é um Brasil sem violência de gênero, sem ódio. Um país de respeito, cuidado, segurança e dignidade a todas as mulheres”, enfatizou a ministra das Mulheres


Cida Gonçalves aproveitou a ocasião para destacar que o Ministério das Mulheres investiu, desde janeiro de 2023, mais de R$ 389 milhões em políticas públicas para o enfrentamento da violência contra mulheres, sendo R$ 330 milhões em Casas da Mulher Brasileira; R$ 19 milhões em Centros de Referência da Mulher Brasileira; R$ 10 milhões em equipagem e veículos desses espaços; cerca de R$ 12 milhões em ações de prevenção, acesso à justiça e enfrentamento à violência, como tornozeleiras eletrônicas, além de investimento em formação e capacitação nos estados.

Entre as ações destacadas pela ministra desde o início do governo, está a reestruturação do Ligue 180, com a atualização da base de serviços, o lançamento do atendimento por Whatsapp, qualificação permanente das atendentes, implementação de atendimento feito exclusivamente por mulheres e o lançamento do painel de serviços à população.

A ministra destacou a importância do papel de cada signatário de acordo com suas atribuições e a influência que possuem na sociedade, como os clubes de futebol, as empresas e os movimentos sociais. “O futebol é um ambiente extremamente importante para dialogarmos, especialmente com os homens, que devem ser nossos aliados nessa causa. Sem eles, não conseguiremos vencer índices tão negativos”, exemplificou. Quanto ao papel das empresas e organizações, Cida Gonçalves afirmou que elas “têm papel extremamente relevante nessa iniciativa, seja implementando políticas para contratação de mais mulheres ou promovendo diálogos internos sobre o tema”. Sobre os movimentos sociais, ressaltou a importância de o enfrentamento às discriminações de gênero estarem constantemente em suas pautas de reivindicações.


“Se quisermos avançar para mudar a realidade, precisamos da ajuda de cada indivíduo, da iniciativa, da reação de cada um e cada uma. Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada. Para que juntos e juntas cheguemos ao Feminicídio Zero”, disse a ministra Cida Gonçalves


Compuseram a mesa do evento as ministras da Cultura, Margareth Menezes, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, ministra substituta da Igualdade Racial, Roberta Eugênio, a vice-Governadora do Distrito Federal, Celina Leão, a senadora da República Leila Barros, a deputada federal Érika Kokay, o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, a vice-presidente corporativa do Banco do Brasil, Ana Cristina Rosa Garcia, e a representante da ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino.

Por Agência Gov | Via Ministério das Mulheres

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