Plano de Controle de Riscos garante integridade de acervos do Arquivo Nacional

O Rio de Janeiro foi atingido por fortes chuvas do último sábado (20) e foram aplicadas estratégias do Plano para lidar com efeitos das situações climáticas extremas

A execução de Plano de Controle de Riscos garantiu a integridade dos acervos custodiados na unidade do Arquivo Nacional no Rio de Janeiro após as fortes chuvas do último sábado (20/01). A estratégia foi elaborada em novembro de 2023, por meio do diálogo entre a Direção-Geral, a Diretoria de Gestão Interna (DGI) e a Diretoria de Processamento Técnico, Preservação e Acesso ao Acervo (DPT), e teve o apoio de das equipes de manutenção e segurança que atuam no órgão. 

O Plano de Controle de Riscos estabeleceu protocolos necessários à orientação e à articulação das equipes, de modo a prevenir e lidar com os efeitos das situações climáticas extremas, como a tempestade de ontem. A coordenação do plano ficou sob a responsabilidade de Gecilda Esteves, Diretora de Gestão Interna desta secretaria do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). 

Protocolos – As chuvas de sábado sobrecarregaram a laje do complexo arquitetônico tombado, especialmente nos Blocos A, B e C, gerando risco de transbordamento para as áreas internas. Afetaram ainda o telhado do sétimo andar do Bloco F, prédio que guarda a maior parte do acervo, e ainda causaram a entrada de água lateral nas áreas de trabalho, em decorrência d os fortes ventos . 

Na manhã deste domingo (21/0), integrantes das equipes de segurança e limpeza realizaram um diagnóstico inicial, apresentaram um informe à direção e deram início à drenagem de águas empossadas nos blocos mencionados. 

Em seguida, Thiago Vieira, Diretor da DPT em exercício, acompanhado de Joceir da Silva, responsável pela equipe de plantão da segurança, realizou a vistoria técnica especializada em doze depósitos, localizados nos quatro prédios mencionados. Os depósitos vistoriados guardam documentos textuais, películas cinematográficas e fitas áudio e vídeo mag néticas. Nenhuma parte dos acervos foi afetada e reforços foram intensificados, a fim de garantir o controle de temperatura e umidade. 

Prevenção – As atividades do Plano de Controle de Riscos foram iniciadas ainda em novembro de 2023, com a movimentação do acervo que estava no sétimo andar do Bloco F.  Entre 16 de novembro e 8 de dezembro, 18 mil caixas com documentos escritos foram movimentadas para áreas de depósito mais seguras. A área que esteve sob risco de alagamento neste fim de semana armazenava, até esta movimentação, milhares de documentos de valor inestimável, a exemplo de parte do Fundo da Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro.

Além da movimentação do acervo, o plano buscou fortalecer a articulação entre as áreas, promover vistorias frequentes realizadas pelas equipes de manutenção e segurança, e estabelecer protocolos li gados à logística dos prédios, possibilitando uma estratégia mais eficaz para casos emergenciais. 

Em outra frente, a Direção-Geral do AN tem trabalhado desde o início da gestão na elaboração de Projetos de Requalificação do Arquivo Nacional tanto no Rio de Janeiro quanto em Brasília. Trata-se de um instrumento indispensável para seja possível realizar obras estruturais, visando solucionar em definitivo os problemas relacionados a processos de desgastes em edificações que não passam por reparos substanciais há até três décadas. 

Desde o início da gestão, a Ministra Esther Dweck e Diretora-Geral Ana Flávia Magalhães têm reforçado a importância estratégica do Arquivo Nacional e do patrimônio sob a guarda da instituição, fundamentais para a garantia do direito à informação e à memória da sociedade brasileira.

Por: Arquivo Nacional

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