Patologia desconhecida para grande parte da população, a Doença de Peyronie, cuja principal característica é a deformidade do pênis, atinge cerca de 150 mil homens no Brasil, anualmente. Além de causar dores e desconforto durante as relações sexuais, ela pode levar à disfunção erétil e a quadros de depressão em grande parte dos pacientes. “A doença é caracterizada por uma fibrose adquirida na parte interna do pênis, que dificulta a vasodilatação e, consequentemente, a manutenção da ereção. A boa notícia é que tem tratamento”, explicou o cirurgião urologista da Clínica Urocentro, Drº Giuseppe Figliuolo.
Segundo o especialista, os principais sinais da doença são: deformidade do pênis, como afinamento, mudança na curvatura para um dos lados ou para baixo e caroços notados na extensão do pênis enquanto está flácido. Por isso, ele destaca que é importante que o homem faça o auto-exame, para constatar eventuais alterações e, assim, buscar a ajuda de um médico.
A fibrose adquirida pode ter diferentes tamanhos. “E mesmo que um homem apresente uma fibrose em uma área do órgão genital, não significa que não possa desenvolver outras. A fibrose é como se fosse uma cicatriz dentro do pênis, que reduz a elasticidade. Daí a explicação para as deformidades”, frisou.
As principais causas relacionadas à doença são: diabetes, uso de injeções intracavernosas (dentro do pênis) para estimular a rigidez, diabetes – que favorece o aparecimento de fibroses por reduzir a vascularização do órgão – e eventuais lesões aos nervos e artérias próximos à próstata e ao reto, durante cirurgias muito invasivas.
O urologista explica que, dependendo do estágio da doença, a patologia pode ser tratada clinicamente, com o auxílio de medicamentos, com procedimentos cirúrgicos ou, ainda, com ondas de choque de baixa intensidade, sendo este último o mais recente deles e realizado de forma indolor, com resultados acima das expectativas. Alguns tratamentos podem, inclusive, corrigir a curvatura do pênis.