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Itelvino Jahn apresenta mostra ‘Permanências’ em Porto Alegre

Abertura da exposição individual do artista na Galeria Tina Zappoli acontece em 31 de outubro

Tradicional espaço expositivo das artes da capital gaúcha, a Galeria Tina Zappoli (Paulino Teixeira, 35) apresenta uma mostra individual a partir de 31 de outubro, sexta-feira. A inauguração da exposição “Permanências”, de Itelvino Jahn (Montenegro/RS, 1958), ocorre no endereço do bairro Rio Branco, em Porto Alegre, a partir das 19h.

Com cerca de 30 obras, a nova seleção exibe esculturas orgânicas produzidas pelo artista gaúcho recentemente, entre 2023 e 2025. A curadoria da exposição é da própria galeria (comandada pelos sócios Tina Zappoli e Marinho Neto).

Nas suas peças únicas, Itelvino molda árvores tombadas (nativas do estado, frutíferas e também exóticas). Essa matéria-prima vem do garimpo em suas buscas pelas matas, de doações de pessoas que conhecem sua arte ou através de algumas secretarias do Meio Ambiente, que avisam sobre a queda ou retirada de árvores condenadas dos locais públicos. Desse modo, seu material de trabalho mais comum são troncos ocos, semi-queimados, machucados por arames ou pragas.

Nascido e criado na zona rural, num sítio na localidade de Campo do Meio, o escultor autodidata iniciou suas experimentações em madeira aos dez anos. “Minha trajetória realmente começou aqui no Interior, onde vivo até hoje, com a observação da matéria-prima, nas várias lidas da agricultura, avaliando madeiras já caídas, velhas, mortas, secas. Ao armazená-las, comecei a perceber formas e a guardá-las para evitar que virassem lenha”, narra.

Sobre o título da mostra, o artista aponta: “A conexão com as árvores mortas sempre foi marcante para mim. Sinto uma relação com essa matéria como se quisesse fazer uma espécie de agradecimento, buscando perpetuá-la. Assim, as ‘permanências’ se traduzem na continuidade do que as árvores nos ofereceram em vida, por meio da escultura, que lhes concede uma nova existência ou sobrevida, permanecendo entre nós. É essa a essência”.

A exposição seguirá aberta para visitação até 23 de dezembro de 2025, de segunda a sexta-feira, das 14h às 19h, com entrada franca. 

Sobre o espaço:

Fundada em 1981, a galeria Tina Zappoli tem como proprietários o artista Marinho Neto e a galerista Tina Zappoli. Inicialmente, o espaço dedicou-se mais aos artistas modernistas estabelecidos no século XX, adquirindo um caráter contemporâneo. Ao longo de sua trajetória, teve o privilégio de circular nacionalmente com a obra de Iberê Camargo, artista que representou até a sua morte, em 1994. Depois disso, a Galeria foi, aos poucos, introduzindo em seu acervo Arte Popular Brasileira, uma das paixões de Marinho e Tina, sócia-fundadora do local. Com ineditismo no Sul do País, a galeria mescla harmoniosamente Arte Popular e Arte Étnica com Arte Moderna e Contemporânea e, desde então, é referência em Porto Alegre da convivência singular da arte popular brasileira com obras contemporâneas e exemplares dos grandes artistas da nossa terra.  

Mostra individual “Permanências

Esculturas de Itelvino Jahn

Inauguração: 31 de outubro de 2025 (sexta-feira), a partir das 19h

Encontro com o artista: 25 de novembro de 2025 (sexta-feira), às 19h30min

Local: Galeria Tina Zappoli

Endereço: Rua Coronel Paulino Teixeira, 35 – Bairro Rio Branco – Porto Alegre/RS

Visitação da exposição: até 23 de dezembro de 2025, com entrada franca

Horário: segunda a sexta-feira, das 14h às 19h

Telefone: (51) 3332-3726

Site: brasilartegaleria.com.br

E-mail: galeriatinazappoli@gmail.com

Mais sobre o artista:

Nascido em 10 de junho de 1958 em Montenegro (RS) e criado no meio do mato, num sítio na localidade de Campo do Meio, o escultor gaúcho autodidata começou suas experimentações aos dez anos. Itelvino Jahn vem mostrando seu trabalho há décadas em coletivas e individuais tanto no seu estado como em São Paulo.

É chamado de “o maestro da sinfonia da natureza”. Ele mostra, com suas peças, que tudo que tem vida, tem forma orgânica, mesmo as árvores mortas, que são sua matéria-prima. Dá vida a elas numa espécie de ressuscitação, provando que todos somos natureza, árvores e gentes. E, para além disso, nos toca, através de suas esculturas, como um maestro a reger uma sinfonia… Alternando graves e agudos, cheios e vazios, matéria densa e leve, tudo numa mesma peça, criando assim, espaço para sentirmos sua obra como música.

“É uma tentativa derradeira, poética, de salvação do que foi destruído. É possível o belo e o movimento na morte e destruição. As mesmas mãos que derrubam e matam também são capazes de vida e movimento. De nos fazer sonhar.” (Flávio Sant’Anna Xavier, escritor)

“Não se trata de lidar com uma madeira nobre e ilesa, mas de operar a partir de diversidades, ou melhor: de singularidades. Para Itelvino, as árvores são como as pessoas: cada cicatriz conta um pouco de sua história e, como tal, deve ser considerada. Assim, buracos, rachaduras, resquícios de fogo e da ação do tempo são incorporados à solução final, num processo que tem como objetivo revelar a unicidade e a beleza dessas formas da natureza, mesmo quando fustigadas.” (Paula Ramos, curadora, professora-pesquisadora e crítica de arte)

“Itelvino chegou até nós com um potencial enorme. Sentimos e visualizamos esse talento de imediato. O reconhecimento ao seu trabalho está somente no início, e essas obras refletem uma parcela do que, acreditamos, o futuro ainda reserva a ele.” (Tina Zappoli e Marinho Neto, galerista e artista)

“A matéria e eu somos seres distintos. Quando começo meu trabalho, nos tornamos um só, 

como se a matéria fizesse parte de mim, do meu ser. Procuro transmitir para a matéria minha energia, vida, alma… 

Eis que surge a obra! A Arte se concretiza… Trabalho, natureza e arte numa relação de reciprocidade. Minha arte é minha própria vida.” (Itelvino Jahn)

Por: ISIDORO B. GUGGIANA – Assessoria de Imprensa

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