Uma doença silenciosa que leva a dores insuportáveis: o cálculo renal (ou pedras nos rins) pode causar graves complicações na saúde. De acordo com o urologista Flávio Antunes, assim que os sintomas aparecem, é fundamental procurar o médico.
“A pedra no rim é literalmente a pedra no caminho de muita gente, já que pode ser muito dolorosa. Muitas pessoas sofrem com ela a vida inteira. Vale lembrar que a cólica renal é uma dor entre as costelas e o quadril, que vem e vai a cada poucos minutos. A dor pode estender-se para os testículos ou área vaginal. Além disso, os pacientes podem ter náuseas e vômitos. Em casos mais graves, as pessoas que têm infecções do trato urinário podem apresentar pus ou sangue na urina, febre e desconforto na região da bexiga ou rins. Na ocorrência de qualquer um dos sintomas, procure urgentemente um urologista”, alerta.
As pedras nos rins, ou cálculos renais, são massas duras que se desenvolvem a partir de cristais que se separam da urina. A origem está no desequilíbrio na concentração de substâncias como cálcio, oxalato e ácido úrico. Uma obstrução pode ocorrer de forma brusca ou evoluir lentamente durante dias, semanas, ou mesmo durante meses.
“O cálculo renal pode ocorrer com qualquer pessoa, inclusive com crianças que tenham, principalmente, defeitos congênitos que afetam o trato urinário. No entanto, a maior parcela é composta por homens, em uma relação de 3 homens para cada mulher acometida, principalmente em torno dos 40 anos de idade.
Pessoas com histórico familiar da doença têm mais chance de desenvolvê-la, segundo Antunes. Mas não é só isso que causa a pedra no rim. Entre os principais fatores estão: desordens metabólicas, infecções urinárias, intervenção de medicamentos como diuréticos e antiácidos baseados em cálcio, obesidade e baixa ingestão de água.
Prevenção e tratamento
Uma das formas de prevenir é beber bastante água ao longo da vida. O ideal é beber de 2 a 3 litros por dia em média. Além disso, Antunes orienta que as pessoas evitem consumir refrigerantes em excesso, além do sal e de proteínas de origem animal.
“Orientamos o paciente a fazer a ingestão de líquidos e consumir vegetais e frutas frescas, mas quando o caso chega a situações mais graves o indicado para o tratamento é a retirada do cálculo. Quando essa doença não é tratada corre-se o risco da pedra migrar para o ureter e causar a dilatação das vias urinárias, infecções e até o risco de morte”.
Pedras com diâmetros que de até 5 mm geralmente são eliminadas pelo organismo de maneira natural. Basta aumentar a ingestão de água associada, em alguns casos, com o tratamento medicamentoso. A cirurgia é recomendada para pacientes que possuem pedras com diâmetro maior que 6mm e a necessidade do procedimento cirúrgico é avaliada de maneira individualizada de acordo com uma série de fatores, como tamanho, localização, sintomas, presença de infeção urinária e função renal.
Texto: BS2 Comunicação Foto: Divulgação