Isabelle Nogueira incentiva doações para projeto de Arquearia Indígena em dia que celebra povos originários

No Dia Internacional dos Povos Indígenas, 9 de agosto, a influenciadora digital e dançarina Isabelle Nogueira convida todos para engajarem nas doações para o projeto de Arquearia Indígena da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), que tem como objetivo a construção de um Centro de Treinamento de Arco e Flecha em uma comunidade indígena do Amazonas.

Em vídeo divulgado nesta sexta-feira, Isabelle fala sobre a importância de apoiar os atletas indígenas. “A luta indígena ainda está longe de chegar ao fim, mas a cada ano vemos mais indígenas ocupando espaços de destaque. Mostrando ao mundo a força da ancestralidade. Um exemplo inspirador e bem legal são os atletas indígenas de tiro com arco Yaci e Gustavo. Os irmãos são apoiados pelo projeto de Arquearia Indígena desenvolvido pela Fundação Amazônia Sustentável, a FAS, e já estão se preparando para vir com tudo nas Olimpíadas 2028”, comenta Isabelle.

A Arquearia Indígena é um projeto coordenado pela FAS em parceria com a Federação Amazonense de Tiro com Arco (Fatarco). O objetivo é contribuir e apoiar diretamente para a promoção e o fortalecimento da cultura, imagem e autoestima das populações indígenas no Amazonas. Atualmente, o projeto tem quatro atletas apoiados e está em busca de financiadores.

“Para fortalecer ainda mais essa iniciativa, há um projeto para construir um Centro de Treinamento de Arco e Flecha na comunidade Nova Kuanã, dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Puranga Conquista, no Amazonas, onde os atletas moram. Esse centro será fundamental para desenvolver novos talentos e manter viva a tradição da arqueira indígena nas comunidades. Apoie o projeto de arquearia indígena da FAS e ajude a construir o centro de treinamento”, reforça.

Participação no The Wall

Em fevereiro deste ano, a superintendente de Desenvolvimento Sustentável de Comunidades, Valcléia Solidade, e a supervisora de Agenda Indígena da FAS, Rosa dos Anjos, enfrentaram a grande parede do “The Wall”, quadro do programa Domingão com o Huck, em busca de recursos para a construção do Centro de Treinamento, na comunidade Nova Kuanã, dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga Conquista, no baixo Rio Negro. 

O investimento total para a construção do espaço, com infraestrutura e participação dos atletas em campeonatos e gestão do projeto é de R$ 400 mil. Ao final do programa, a dupla alcançou o valor de R$ 82.906, valor muito significativo, mas ainda não o necessário para a realização desse sonho. Após a divulgação no programa, houve um avanço grandioso e foram arrecadados R$ 156.799 de doações (pessoa física), restando ainda a arrecadação de R$ 160.294.

Durante o programa, o apresentador Luciano Huck destacou a importância das ações da FAS na região norte. “Sempre que eu vejo a logo da FAS, eu sei que tem projeto sério, com endosso, com começo, meio e fim. Quando o dinheiro chega na Fundação Amazônia Sustentável, ele se transforma de fato em algum tipo de benefício para as comunidades”, pontuou Luciano.

Pelo projeto de Arquearia Indígena, os beneficiários recebem acompanhamento, instrução, avaliação, treinamento e alimentação para crescer no esporte e disputar competições regionais, nacionais e internacionais. E agora estão em busca de recursos para construir o seu próprio centro de treinamento. As doações podem ser feitas no site da FAS, no link https://fas-amazonia.org/doacao/.

A atleta Graziela Yaci, que é atleta de Tiro com Arco pela Seleção Brasileira, ressalta a representatividade de treinar em seu território. “A construção do Centro de Treinamento na comunidade vai ajudar no dia a dia porque os atletas vão estar treinando perto de suas famílias. É uma oportunidade para gente”, afirma. Saiba mais sobre a história da Graziela Santos aqui e do Gustavo Santos aqui..

Gustavo Santos sonha com a maior competição do mundo. “Hoje, meu objetivo é chegar ao nível mais alto. Estar entre os melhores do Brasil, para ter chances claras. Estou treinando para cumprir o objetivo do projeto da FAS de colocar um dos participantes nas Olimpíadas”, afirma.

Sobre o projeto

Criado em 2013, os jovens indígenas já ganharam 53 medalhas, sendo 34 nacionais e 19 internacionais. Do total, 20 foram medalhas de ouro, 17 de prata e 16 de bronze. “Foi um marco para a minha vida e para os povos indígenas, pois eu fui a primeira indígena a representar o Brasil em jogos pan americanos e campeonatos mundiais”, diz Graziela.

De acordo com Rosa dos Anjos, é simbólico e estratégico construir um espaço profissional de treinamento dentro de uma comunidade indígena, pois facilita a logística e os deixa próximos às suas tradições e famílias.

“A FAS atua nas comunidades dando voz às populações tradicionais, buscando saber quais as suas necessidades, antes de iniciarmos um projeto em qualquer lugar. E a proposta de construir o centro de treinamento dentro da comunidade indígena é um desses pedidos dos próprios atletas. Lá, eles estão próximos aos seus familiares, têm contato com a natureza, seus costumes. Além, é claro, de não precisarem se deslocar para a capital para treinar, o que gera custos que nem sempre eles conseguem manter”, explicou Rosa.

Sobre a FAS

A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que atua pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia. Sua missão é contribuir para a conservação do bioma, para a melhoria da qualidade de vida das populações da Amazônia e valorização da floresta em pé e de sua biodiversidade. Com 16 anos de atuação, a instituição tem números de destaque, como o aumento de 202% na renda média de milhares famílias beneficiadas e a queda de 39% no desmatamento em áreas atendidas.

Fonte: Up Comunicação Inteligente – Emanuelle Aráujo

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