‘Filhos do Mangue’, de Eliane Caffé, ganha direção e atriz coadjuvante em Gramado

Produção potiguar reuniu uma comitiva de 30 integrantes da equipe para apresentar o filme no 52° Festival de Cinema de Gramado

Eliane Caffé (C) apresenta filme “Filhos do Mangue” – Foto: Lucas Fialho 

“Filhos do Mangue”, quinto longa-metragem de Eliane Caffé, recebeu no 52° Festival de Cinema de Gramado os prêmios de melhor direção e atriz coadjuvante para Genilda Maria.  Para sua première nacional no festival da serra gaúcha, a produção rodada no Rio Grande do Norte reuniu uma comitiva de mais de 30 integrantes da equipe para uma grande apresentação musical no tapete vermelho.

Representado a diretora paulista e a atriz, os produtores Fernando Muniz e Beto Rodrigues dedicaram os prêmios à comunidade da cidade de Canguaretama (RN): “que nos recebeu tão amavelmente, de maneira tão afetuosa, e ao povo de Barra do Cunhaú, a comunidade de pescadores, catadores de caranguejo, cultivadores de ostras, porque eles são a matéria-prima desse filme, são a alma desse filme”.

Na trama, o violento e desregrado Pedro Chão (Felipe Camargo) aparece ferido e sem memória em uma comunidade ribeirinha. Os residentes locais o acusam de roubo e tentam, em vão, que ele recupere a memória – e devolva o dinheiro. Em um julgamento popular, vem à tona uma trama que envolve violência doméstica, de gênero, tráfico de pessoas e desvio de verba pública. Condenado ao isolamento, ele busca um novo sentido para sua vida.

O protagonista procura na natureza e entre os residentes da pequena vila de pescadores as peças perdidas de sua vida. O trabalho rendeu uma experiência intensa para seu intérprete, segundo a cineasta. O ator usou como inspiração sua convivência com os habitantes da paradisíaca Barra do Cunhaú (RN), onde o filme foi rodado, para compor seu personagem. Com uma extensa filmografia em cinema e TV, o carioca Felipe Camargo (“O Juízo”) pode ser visto recentemente na telinha na reprise das novelas Alma Gêmea e Despedida de solteiro – a última lançada este ano no streaming.

“Filhos do Mangue” é uma realização da Pé na Estrada Filmes, com patrocínio da Protege e Britânia. Apoio: SebraePousada Vila da BarraPousada do ForteNaturezaturCoco MangoAOC (Associação de Ostreicultores de Canguaretama)Aldeia Indígena Katu e prefeitura de Canguaretama. A distribuição é da Bretz Filmes. Este filme foi produzido com recursos públicos operados ou geridos pela ANCINE, BRDE e FSA.

Equipe do longa-metragem brasileiro “Filhos do Mangue” – Foto oficial: Edison Vara/Agência Pressphoto

Site: penaestradafilmes.com.br/filhosdomangue

Instagram: @filhosdomangue_ofilme 

Poster | Trailer: vimeo.com/903055101/9a7e7415d9 

Sinopse:

Um homem violento e desregrado aparece ferido e sem memória em uma comunidade ribeirinha. Esta o acusa de roubo e tenta, em vão, que ele recupere a memória e devolva o dinheiro. Em um julgamento popular, vem à tona uma trama que envolve violência doméstica, de gênero, tráfico de pessoas e desvio de verba pública. Condenado ao isolamento, ele busca um novo sentido para sua vida.

Ficha Técnica:

“Filhos do Mangue”

Ficção | Drama | 110 minutos

Direção: Eliane Caffé 

Produtores: Fernando Muniz e Beto Rodrigues 

Produtores Associados: Anselmo Martini e Carolina Brasil 

Diretora Assistente: Tarsila Araújo; 2ºAssist. Marina Tinel;  3ºAssist. Marcia Lohss

Elenco: Felipe Camargo, Roney Villela, Titina Medeiros, Genilda Maria, Thiago Justino, Jeniffer Setti, Luana Cavalcante, Pequena Cintilante, Jurema Terra, Wilaneide Campos, Geisla Blanco, Barney Villela, Arlindo do Nascimento, Chico Gomes, Sergio Henrique, Gilmar de Oliveira, Fátima da Silva, Maria Baixinha, Seu Chão, Fernando Muniz, Vênus de Morais, Ni, Makarios Maia, George Holanda, Salesia Paulino, Felipe Freire, Marcia Lohss, Paola Mallmann, Dona Ditinha, Maria José, Socorro Rabelo, Maria Alice da Silva e Hugo Oliveira; Preparadora de elenco: Marcia Lohss

Roteiro: Eliane Caffé e Luís Alberto Abreu, baseado na obra literária e no roteiro original CAPITÃO, de Sérgio Prado

Diretor de Fotografia: Pedro Rocha; 1º Assist. de Direção de Câmera: Larissa Vescovi; 

2ºAssist.: Gabriel Sager Rodrigues; Operador de Câmera da Segunda Unidade: Zé Bob; 1º Assistente de Câmera da Segunda Unidade: Dudu Barbosa; Logger: Luis Ramon 

Diretor de Arte: Rodrigo Frota; Primeiro Assistente e Cenógrafo: Erick Saboia; Produtora de Arte: Valeria Pinheiro; Cenotécnicos: Claudio Carijó, Antonio Lima; Contraregra: Jeferson Vieira, Figurino: Luiz Santana; Primeira assistente de figurino: Michele Dalpasqual 2ºAssist. Sueldo Freitas Soares (Su); Visagismo: Bob Paulino; Primeira assistente de visagismo: Anderson Diniz

Trilha Sonora: Thomas Rohrer; Som direto: Lucas Caminha; Mixagem: Alexandre Rogoski e Ariel Henrique

Edição: Eliane Caffé, com a assistência de Keily Estrada

Continuísta: David Sobel  Logger: Luis Ramon  Video Assist: Júlio César Schwantz

Platô: Jairo Dornelas; 1º Assist. Platô: Thierry Henry;  2º Assist. Platô: Will de Oliveira

Som direto: Lucas Caminha; Microfonista: Catha Pimentel; Segundo Microfonista: Carolina Cutrim

Assistente Microfonista e Locação de Equipamentos: Mayra Coelho

Eletricista Chefe/Gaffer: Alexandre Henrique da Silva;  Assist. de Elétrica: Gilberto Donato Massari e Leandro Cleyton Lima

Maquinista Chefe: Alex Índio

Produção de Elenco Principal: Fernando Muniz

Produção de Elenco Local: cardeiro.art

Finalização: João Castelo Branco e Rafael Lopes (NIT’S Lab)

Desenho de Som: Ale Rogoski

Designer Gráfico (Letreiros/Poster) e Primeiro Desenho de Produção de Arte: Carla Caffé

Controller e Administrativo: Lucio Monteiro Aguiar e Lia Procati

Assistente de Produção Executiva: Paola Mallmann

Diretora de Produção: Andrea Lanzoni

Coordenadora de produção: Keila Sena

Sobre Eliane Caffé – Diretora

Eliane Caffé formou-se em Psicologia e, em 1988, partiu para Cuba para iniciar seus estudos de Cinema na “Escola Internacional de Cine y TV de San Antonio de los Baños”. Em 1990, viajou para Espanha com uma bolsa de pós-graduação para aprofundar sua formação humanista no “Instituto de Estética e das Artes” da Universidade Autônoma de Madrid. 

De volta ao Brasil, seguiu a carreira de cineasta escrevendo e dirigindo curtas, longas-metragens e séries de TV que vêm ganhando o reconhecimento da crítica e público em importantes Festivais e Mostras no Brasil e internacionalmente. Ao longo de sua trajetória, a diretora vem construindo temáticas e abordagens cada vez mais implicadas com a exploração da linguagem audiovisual em “zonas de conflitos reais” – tanto no contexto rural do Brasil como nos grandes centros urbanos. 

Em seus trabalhos, é visível a experimentação com a narrativa que interage com personagens reais e agrega repertórios de seus universos de vida como coletivos com voz própria. Mais do que personagens e cenários, esses coletivos atuam em pé de igualdade com a equipe técnica do filme em todo o percurso da realização da obra. Atualmente, está voltada para consolidar a prática de pensar e produzir um cinema “polifônico”, “dialógico” e que se estenda muito além dos sets de gravações.

Filmografia

Era o Hotel Cambridge” (2016) – Prêmio do público e da crítica no Festival do Rio; “O sol do meio-dia” (2009) – Prêmio de melhor filme brasileiro concedido pela crítica na Mostra Internacional de São Paulo; “Os Narradores de Javé” (2003) – Selecionado para o Festival de Rotterdam, na Holanda – Prêmio especial do júri no Festival de Fribourg, na Suíça – Prêmio de melhor filme no Festival de Bruxelas; “Kenoma” (1998) – Prêmio de melhor filme no Festival de Biarritz.

Sobre Pé na Estrada Filmes

Fundada em 2015, a Pé na Estrada Filmes  é a  produtora que inaugura no Nordeste o  braço de  atuação dos  experientes produtores José Fernando Muniz e Beto Rodrigues. 

Visando desenvolver projetos audiovisuais  ligados aos Estados desta Região, a Pé na Estrada  busca viabilizar  uma maior diversidade de sotaques e paisagens  no Audiovisual brasileiro, contribuindo para  que outros locais, além do eixo Rio-São Paulo, possam também encontrar espaço de representação  e contar suas histórias.

Sobre Fernando Muniz

Ganhou destaque internacionalmente ao coproduzir o documentário “Cinema Novo”, de Eryk Rocha – vencedor do Olho de Ouro, prêmio de melhor documentário no Festival de Cannes, em 2016. Em 2017, lançou no Brasil, nos EUA e China o filme Soundtrack, com Selton Mello, Seu Jorge e Ralph Ineson. Foi produtor associado de “O Grande Circo Místico”, dirigido por Cacá Diegues. O filme esteve no Festival de Cannes de 2018 e representou o Brasil para disputar uma vaga ao Oscar.

Em 2019, sua coprodução “Luz nos Trópicos”, dirigida por Paula Gaitán esteve no Festival de Berlin, foi premiado como melhor Filme Ibero Americano no Festival de Lima e Melhor filme no Olhar de Cinema de Curitiba. Em 2021, lançou a coprodução “Veneza”, dirigida por Miguel Falabella (e estrelada por Carmen Maura, Dira Paes, Eduardo Moscovis, Carol Castro, André Mattos e Danielle), e, em 2023, “Human Persons”, uma coprodução entre Brasil, Espanha, Colômbia e Panamá.

Sobre Beto Rodrigues 

Beto Rodrigues é pós-graduado em Cinema e Audiovisual pela Universidade Complutense de Madrid. É sócio-diretor da Panda Filmes, e da Pé Na Estrada Filmes, ambas no Brasil. 

Atua como produtor e diretor, além de colaborador de roteiros. Já atuou em diferentes funções em 28 longas-metragens e 7 séries. Seus trabalhos mais recentes como produtor são os longas-metragens “De Repente, Miss”, em coprodução com Sony Pictures; “Filhos do Mangue”, seleção oficial do Festival de Gramado 2024; “Los Terrenos”, coprodução Argentina, Uruguai e Brasil; “Kunhã Karai e as Narrativas da Terra”, “Casa Vazia”; “Pessoas Humanas”, em coprodução com Panamá e Espanha; “Meu Mundial” e “Reus, De Volta ao Bairro”, em coprodução com Uruguai e Argentina; “Comboio do Sal e do Açúcar”, em coprodução com Portugal, França, África do Sul e Moçambique; “Em 97 Era Assim”; “La Tierra Roja”, em coprodução com Argentina e Bélgica; o documentário “Central” e as séries de TV “Oxigênio”, “Paralelo 30”, “Amélio, o Homem de Verdade”, “Retratos do Cárcere” e Mata Salvaje, coprodução Argentina e Brasil.

Foi vice-presidente da Associação Profissional dos Técnicos Cinematográficos (APTC/RS) e presidente do Sindicato da Indústria Audiovisual do RS (SIAV-RS) durante três gestões. Atualmente, é presidente da Fundação Cinema RS (FUNDACINE-RS) e Coordenador do Forúm Audiovisual Sul, Minas, Espírito Santo (FAMES). 

Por Isidoro B. Guggiana – Assessoria de Imprensa

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