Vai ser a primeira vez que o Mundial feminino vai ser realizado na América do Sul
O Brasil vai sediar a 10ª edição da Copa do Mundo Feminina de Futebol Fifa 2027. O anúncio foi divulgado na madrugada desta sexta-feira (17/5) no 74º congresso da entidade, em Bangkok, na Tailândia. A decisão traz o Mundial pela primeira vez para a América do Sul. O Brasil concorria contra uma candidatura unificada entre Alemanha, Holanda e Bélgica.
“O Brasil está pronto! Está será a Copa do Brasil, mas também de toda a América do Sul. E marcará um novo momento para o futebol feminino em nosso continente”, disse o ministro do Esporte, André Fufuca, representante do governo brasileiro no Congresso da Fifa
Na opinião dele, o evento será uma oportunidade para promover a igualdade de gênero e o desenvolvimento do futebol feminino.
“As jogadoras servirão de inspiração para futuras gerações e ajudarão o Brasil a criar um impacto positivo duradouro na sociedade, promovendo inclusão, diversidade e igualdade no esporte”, afirmou o ministro
Expertise
A infraestrutura do país foi considerada um ponto alto pela Fifa. O país recebeu, em 2014, a Copa do Mundo masculina e, em 2016, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Dez das 12 sedes usadas em 2014 estão previstas para 2027. A candidatura do Brasil destacava ainda a expertise comprovada em promover grandes eventos e a capacidade única de o país usar o futebol feminino como ferramenta de inclusão social.
Sedes
As sedes previstas são Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP). A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Governo Federal deram suporte à candidatura. Para o ministro André Fufuca, a infraestrutura esportiva necessária já está pronta, o que enfatiza a eficiência e a responsabilidade financeira. “Tudo isso, junto à hospitalidade inigualável, faz do Brasil o palco perfeito para a Copa Feminina 2027’’, afirmou.
Solidariedade
O ministro fez questão de mencionar a luta do povo gaúcho em enfrentar a maior tragédia climática da história do país.
“Queremos dedicar essa vitória também aos nossos irmãos do Rio Grande do Sul. Quero reiterar o compromisso do presidente Lula e do Governo Federal em ajudar a reconstruir o estado. Não mediremos esforços para que o nosso povo se reerga no menor tempo possível e que possamos juntos comemorar outra vitória do Brasil”, disse o ministro
Delegação brasileira celebra o resultado. Reprodução/Fifa
Data e formato
A candidatura do Brasil prevê que o torneio será disputado entre os dias 24 de junho e 25 de julho de 2027. A competição terá 32 países e 64 partidas. A abertura e a final estão programadas para o Maracanã, no Rio de Janeiro.
Oportunidade
Integrante da comitiva brasileira, Julia Gelli, diretora de Promoção do Futebol Feminino do Ministério do Esporte, acredita que a Copa do Mundo Feminina 2027 deixará um imenso legado para o Brasil, além de consolidar o já existente, não apenas no campo esportivo, mas também no social, econômico e cultural.
“Se no passado as mulheres eram proibidas de praticar o futebol, no presente elas conquistam o espaço merecido e estratégico para diminuir a desigualdade de oportunidades entre homens e mulheres”, disse Julia
Bastidores
A apresentação brasileira no congresso misturou tecnologia, paixão e competência técnica. Promoveu uma interação entre uma inteligência artificial batizada de Iara e a apresentadora in loco. No bate-papo, elas reforçaram as belezas naturais, o histórico brasileiro em organizar megaeventos, a infraestrutura já construída, o povo hospitaleiro, o convívio com a diversidade, a paixão do país pelo futebol, a sustentabilidade e, inclusive, o fato de termos o rei (Pelé) e a rainha (Marta) do futebol. Na conversa virtual, ministras como Cida Gonçalves (Mulheres), Anielle Franco (Igualdade Racial), Sonia Guajajara, Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Margareth Menezes (Cultura) se juntaram a jogadoras históricas, como Sissi, Marta e o lateral Cafu, duas vezes campeão mundial pela seleção, para convidar o mundo a votar no Brasil como uma “escolha natural”.
Delegação
Integraram a delegação brasileira na Tailândia, além do ministro do Esporte André Fufuca, o secretário de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério do Esporte, Athirson Mazolli, a diretora de Políticas de Futebol e de Promoção do Futebol Feminino do Ministério do Esporte, Julia Gelli, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, Aline Pellegrino (vice-campeã mundial em 2007 e atual coordenadora de Competições Femininas da CBF), Kerolin (atacante da seleção), Formiga (única atleta a disputar sete Copas do Mundo da Fifa), as consultoras Valesca Araújo, Jacqueline Barros e Manuela Biz e o consultor Ricardo Trade.
Por Agencia Gov